quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quando você está “assim a assim “...

Este teu jeito “assim & assim” não combina contigo, não te merece.
Você acostumou o mundo com a tua forma espontânea,
Alegre, inteligente e amiga.
Quando aparece este jeito “assim & assim”,
O universo ao teu redor fica mais triste...
A tua casa se ressente, a tua praça, o teu filho, os teus amigos,
Os teus gatinhos, as tuas plantas, todas as coisas da natureza,
Até este planeta, neste universo, nosso universo, teu universo...
É proibido ficar “assim & assim”. Sorria...
Não deixe espaço algum para a tristeza penetrar em ti, ela não te merece.

Um dia foste a alegria maior e projeto de continuidade de vida para teus pais (e como eles foram felizes contigo... e ainda estão).
És o referencial de vida do teu filho (tirando o vírus da “aborrecência”, ele te adora e venera... espera só, deixa o tempo passar...). És o lastro de amizade e “porto seguro” dos amigos, espelho positivo para todos os relacionamentos (dezenas, centenas, milhares de pessoas...) que ao longo da tua vida tiveram e estão tendo o prazer de te conhecer...
Viver, conhecendo o teu jeito especial, faz o viver ser especial, diferente,
Alegre, com razão...
Tua energia é importante para a harmonia deste planeta e
Para tudo que está ao teu redor...
Não fique “assim & assim”,
Relembre a tua jornada de vida até hoje... Com certeza o sorriso voltará ao teu rosto (ela é especial, vale a pena lembrar)...
Respire fundo, olhe no espelho e sorria para ti...
Todos nós que te amamos queremos te ver feliz...

Paulo Egidio

Música

Amor, eu poderia escrever muita coisas aqui, mas vou tomar emprestada a letra de uma música de Adriana Calcagnoto (não sei nem o nome), mas que diz exatamente o que eu sinto em relação a ti. Talvez possas entender melhor, desta forma, o porquê de muitas das minhas reações, que podem te parecer muitas vezes injustas (e se tomarmos o momento, e não o contexto, realmente o são) e intempestivas ou até incompreensíveis.

Mas - para o novo ano - já estou fazendo minhas reflexões e, provavelmente, vou aprender a lidar de uma forma mais racional, e menos emocional, com a nossa situação. Prometo...

Aí vai a letra da música (já há muito tempo queria te mandar - e não é porquê ela, hoje, é trilha de mais um dos belos comerciais do Zaffari de Natal). Há mais de um ano atrás dei de presente prá Jura um CD da Adriana (Adriana Platimpim) que tem esta música que eu adoro....

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Avião sem asa, fogueira sem brasa

Sou eu, assim se você

Futebol sem bola, Piu-piu sem Frajola

Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim?

O meu desejo não tem fim

Eu te quero a todo o instante

e nem mil auto-falantes vão poder falar por mim

Tô louca prá te ver chegar

Tô louca prá te ter nas mãos

Deitar no teu abraço

Retomar o pedaço que falta no meu coração

Eu não existo longe de você

A solidão é o meu pior castigo

Eu conto as horas prá poder te ver

Mas o relógio tá de mal comigo...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Agradecimento

Bom dia, amoreco (ainda não consegui almoçar).

Obrigado!
Obrigado, obrigado, obrigado, obrigado, multiplicado por mil.

As últimas semanas têm sido terríveis. Profissionalmente e particularmente. É um verdadeiro turbilhão e, dentro do máximo permitido para um ser humano, vou fazendo o possível, bem na tênue fronteira do impossível. Sabes como é. Conheces tudo, né?

Bem, esta noite não dormi, novamente...Pensei muito em nós e resolvi te escrever e te agradecer...
Fico e estou afetado emocionalmente nesta reta final de ajustar as questões familiares (definir onde morar é o mais simples). Para mim, têm de ser desta forma, mais trabalhosa, discutida, triste, pois será a forma que virarei uma página da minha vida do jeito que acredito e acho certo (pela relação com a Jane, sabes que esta página está virada há muitos anos). Lembrei do teu "antigo" conselho que este é um momento difícil, sendo necessário um posicionamento firme...
Tive uma conversa com o Rafael de cortar o coração (lembrei da tua experiência com o Pedro). Ele é forte, quer o melhor para os seus pais, é perserverante e otimista (e ao dar a real, sei que ele fica muito triste). Estou chegando lá, da forma que sempre achei ideal.
Quero o bem para eles, continuar o pai que sou e, no mínimo um amigo dela...

E tu, amoreco, obrigado pela generosidade em me aturar neste meu "processo" doentio de definir o que já está definido.

Essa noite passei agradecendo aos céus por ti. Agradecendo por ainda "estar aí" (alô, estás aí?). Por te amar (dá uma emoção interna ao afirmar). Estou feliz.

Queria te agradecer, estou chegando lá (sabes que não falo nada sobre as "minhas" coisas a serem resolvidas) e, é generosidade tua em entender e permitir.... Por isso, também te amo mais, demais.
Seremos felizes e, eu VOU TE FAZER MAIS FELIZ DO QUE HOJE CONSIGO FAZER, VIU...

Não vou falar mais (e consegui falar escrevendo).

Obrigado...Amanheci com a cara enrrugada mas te amando MUITO MAIS.

Amanheci feliz, querendo te agradecer e te dizer que estou te amando mais (já te falei que estou ficando preocupado. Esta emoção não para de crescer).

Bjs.

quinta-feira, 11 de março de 2010

15 anos

Maria Luísa Bertol

Amor, aí vai o que pensei em te dizer hoje....



15 anos

Hoje, 31 de dezembro, é dia de agradecer... Agradecer a Deus pela oportunidade ímpar de viver uma bela história de amor. Que não é para muitos, mas um privilégio de poucos.

Juntar amor, carinho, tesão, admiração, cumplicidade e amizade numa só relação não é tarefa fácil e poucos conseguem esta idealização.

Trata-se de uma construção que, a partir de sólidos alicerces, vem sendo erguida ao longos dos últimos 15 anos.

Passamos por várias fases.

Os primeiros anos foram marcados pelo conhecimento, experimentação, culpas, entusiasmo, paixão e inseguranças.

Depois veio a fase de aprofundamento do conhecimento mútuo, solidificação da confiança, reconhecimento do amor, crescimento da intimidade.

Um terceira fase veio marcada pela estabilização afetiva, solidificação dos sentimentos. O amor começa a atingir a maturidade em bases sólidas de confiança e cumplicidade.

Num período seguinte, penso que o amor suavizou e estabilizou a relação. Tempo de sonhar e realizar o que, inicialmente, parecia impossível.

Agora a nossa construção chega a uma fase dos acabamentos, dos detalhes. Exige paciência e perspicácia

A construção desta bela história passou por crises e obstáculos, mas também por importantes e inesquecíveis momentos.

Percorreu caminhos estreitos, sinuosos, de encontros e desencontros. Esbarrou em preconceitos e culpas.

Seguiu sempre à sombra, uma relação contida, lutando por tempo e espaço, sufocada e limitada, negada e disfarçada.

Tinha tudo para dar errado. Para ser passageira e efêmera Mas, a despeito de tudo, inclusive da descrença de alguns, e até de nós mesmos, esta relação vingou, ganhou forma e jeito. Burlou a falta de tempo e de espaço, a falta de palavras e gestos, a incompreensão, as culpas, as desculpas, as ausências, os silêncios, os medos...

Hoje, acredito, dá para se dizer que temos uma história juntos. É uma bela história de abnegação, renúncia, doação, persistência, paciência Mas, também, de amor, de fé, de confiança, de solidariedade, de amizade, de respeito, de carinho e de admiração mútua

Considero, amor, que valeu a pena construímos uma história de vida juntos. E, daqui para a frente, é uma nova etapa. Os caminhos se abrem em oportunidade, sonhos...

Mas depende de nós os próximos passos e a escolha dos caminhos pelos quais continuaremos a caminhar - espero que juntos.

Continuemos esta construção, que precisa, às vezes, de reparos, de retomadas, de ajustes. Mas que tem, no amor e na confiança que nos une, a essência necessária para seu fortalecimento. É assim que a vida vai seguindo seu curso. Se reinventando, para se concretizar...

Beijo grande.
Te amo muito.

Tua Malu.

Vida...

Vida...

Domingo, 5 de julho de 2009...

Após xeretar em meu telefone, que estava guardado dentro da minha pasta, argumentando de que ele tocou e que, àquela hora, só poderia ser uma emergência ou morte (logo depois que conversei com o Pedro que estava acordado e eu tomando café e lendo jornal, entre 5h30min até às 6h15min), resolveu atendê-lo...Disse-me, quando acordei, se eu não ligaria para a minha namorada... E começou a me agredir e a tentar colher informações...Vi depois, que havia uma mensagem de voz dizendo; “Boa tarde, amor. Estou saindo da Mariana e indo para casa... Me liga, beijo.”.

Pronto, como sempre, está organizado um motivo para agressão, sem consideração...
Era mais um domingo, entre tantos que foram na minha vida que ela arrumava alguma coisa para me desarticular, para me encher o saco (isso que nunca dei motivos para outras mulheres)... E foi o que disse para ela... Não enche meu saco. Tomei banho, peguei as minhas coisas (e minhas coisas são só as de trabalho que é o que sempre passei a vida inteira fazendo) e vim para o escritório (único local fora a minha casa que tenho para me esconder)...
Após o meio dia ainda recebi uma ligação dela perguntando desaforadamente “se eu já havia ligado para a minha namorada...”.

É preciso refletir (pela centésima vez) sobre esta relação...

Passou uma vida inteira incomodando. Evidenciando sempre uma série de insatisfações. Nada estava bom. O que se tinha era sempre insuficiente. Das emoções às coisas materiais. Sempre cobrando, exigindo, infeliz comigo.
As cobranças sempre eram centradas em mim...
Até no período de namoro havia uma obsessão no processo de maus tratos e desconsideração para comigo:

- Vou ver se gosto de ti... Tenho de escutar uma música (que lembrava seu outro namorado) e verei se gosto de ti ou não...
- o perfume que eu usava era horroroso, sentia asco, me desrespeitando...
- o almoço numa lancheria era uma droga, sujo, etc., saindo porta fora, não respeitando que era o que eu podia dar..
- nunca valorizou meus esforços para ela estudar, desde de bolsa até os deslocamentos. Não valorizou a ajuda financeira, já na época de namoro, generosamente sempre dei para os seus pais... As necessidades passaram a ser minha obrigação, minha responsabilidade, até em detrimento aos meus pais, que também eram necessitados...Assim, criou-se o hábito (que perpetuou-se até o presente) de que eu tinha de resolver e pagar pelos problemas de toda a família (Paulo, Joana, Camila, João Carlos, quando não caia algum parente mais)...
- Para noivar, eu tinha de dar a festa e providenciar na reforma da casa dos seus pais...Só se aquietava quando os problemas da sua família fossem resolvidos, sem se importar com minhas condições.
- Não aceitava que eu tivesse a mínima liberdade, não aceitando sequer as minhas amizades e rotinas, o distanciamento dos amigos era uma exigência... processo possessivo e castrante que arrependo-me ter aceitado.

E foi uma vida de namoro turbulenta, cheia de crises e discussões, em sua maioria gerada por uma forma irracional e egoísta de ver a vida e sem um mínimo de respeito pela minha identidade como pessoa.
Pena que me submeti a tudo isso...

Demoramos a casar porque uma das exigências era morar em imóvel próprio e o adquirido era um apartamento pequeno (certamente deve ter sido terrível ter de se submeter a isso)...
Quando casamos, além da festa paga por mim, ainda tive de ouvir da sua irmã o comentário de que “finalmente havia conseguido o que queria...”. Nossa noite de núpcias, quando fomos de carona (havia entregado meu carro por não conseguir pagar as prestações, mas essa é outra história) até o nosso apartamento... Na hora do enfim a sós, ela me evitou...Estava com raiva, de mal com a vida... Neste momento deveria ter visto que as coisas não dariam certas...
E começamos a vida de casados... Cheia de carências e de reclamações...
Um dia, ao chegar em casa para almoçar, ela me disse “que não havia casado para ficar cozinhando para mim”....Era um eterno processo de ranço, de cobrança e reclamações...
A vida tinha de girar em torno da família dela. Para tudo. Qualquer saída, passeio, viagem. Nunca foram despesas do casal... Tudo era em dobro ou triplo, porque ninguém nunca contribuiu com nada. E as emoções? Certamente estavam sempre juntos e felizes... E minha identidade e meus valores?
E os problemas da família (e como tinham), deveriam sempre ser resolvido a toda hora... Uma verdadeira usura e exploração, sempre intermediados por ela (desfalque da Camila, aborto da Camila, déficits orçamentários da família, etc.). Este comportamento perdurou até os dias de hoje... Confundiram minha generosidade e ela nunca valorizou que tudo o que fiz, foi por ela...

Ela sempre se achou e se comportou como uma mulher independente... Ia aonde queria no tempo que queria, ser dar qualquer satisfação... Aonde andava e com quem andava não era para ser discutido. No entanto, se eu fosse na esquina, ela tinha de ir junto ou saber... O que vale para ela não vale para mim, até hoje ela é assim... Onde anda, o que faz ou com quem faz, nunca é problema...Nunca sai atrás dela perguntando... Ela sempre agiu ao contrário. Marcação cerrada.
Estudou na UNISC com liberdade total... Viajou com amigas, foi até para o Uruguai... Trabalhou em outra cidade e estava tudo sempre bem...Estudou na UNISINOS, dava carona a amigo e estava tudo sempre bem...Ainda no tempo em que trabalhou na APAE (emprego que eu consegui com o Augusto), sumia dias inteiros, fins de semana, não interessava a hora (e eu ficava com o Pedro pequeno), e estava tudo sempre bem, sempre dona de si... E comigo, marcação total, conseguindo eliminar todas as minhas relações de amizades ou rotinas que não fosse a do trabalho (e sobre trabalho tive que discutir muito sobre as minhas necessidades profissionais, pois vivia reclamando que eu trabalhava muito...).
Com o advento do celular esta fiscalização de parte dela sempre foi total (e eu não ligava para ela quando saia tardes inteiras...). É um processo de confiança ou de possessão?
Sempre pautei a nossa vida, falando da importância da “nossa” família (eu, ela e o Pedro) e, não, da família dela... Sempre reforcei que tínhamos de ter a nossa identidade, nossa independência e intimidade... Mas, não. Isso era afrontoso para ela.... Desde as coisas mais simples como escolher o nome do filho (se não brigo a D. Joana era ela quem daria o nome, ou escolheria o time, sobre o batismo ou como deveria ser educado, etc.). Sempre foi uma possessão. Sobre intimidade, vivíamos constrangidos com a presença plena e constante da família dela... Até sexo se negava a fazer porque os pais estavam na casa. Passamos dezenas de férias sem trocar uma carícia em 30 dias...
Sobre sexo, era outra situação que me desarticulava. Foram centenas de vezes que me afastava (e começou já na noite de núpcias, se pode se chamar de núpcias), por variados motivos (sem vontade, dor de cabeça, dor nas costas, de mal com o mundo e por aí vai). Para mim sempre foi um processo de rejeição...
Nos últimos anos, chegamos a passar mais de ano sem aproximação. Muito discuti dizendo que ela casou com o homem errado. Que eu era um homem abaixo das expectativas dela... Não possibilitando a conquistas das coisas materiais, sexuais e, sei lá o que, que fosse desejado e sempre reclamado por ela...
E assim foi a nossa vida... Sempre ruim, sempre reclamando de tudo, sempre de mal com o mundo.
A única coisa boa que fizemos, foi o Pedro e, coitado, criou-se em meio as nossas discussões, sem entender de que ele não tem culpa de nada. Ele certamente é a dádiva da nossa vida.
O Pedro é a nossa única afirmação e afinidade. Sei que ela é a melhor mãe do mundo e sou o melhor pai e ele o melhor filho.
A questão toda é que não sou o melhor marido do mundo... É só reclamação, infelicidade, insatisfação. É ranço por qualquer coisa.
Se ela estava trabalhando, estava ruim... Se ela estava em casa, estava ruim... Se ela estava Capão estava ruim, se estava em Angra era ruim porque as férias eram curtas (imagine, 30 dias). Depois que compramos a casa, era ruim ficar sozinha (eu tinha de trabalhar).
E, férias... Eu sempre tive que patrocinar tudo para o monte de gente da família... A casa vivia lotada e todos bebendo e comendo e eu trabalhando... Fazia por ela e ela nunca valorizou... Como poderiam ser férias felizes sem todos da sua família à volta? E nunca houve espaço para os da minha família, ou amigos, ou até para ficarmos sozinhos... Era possessão total, de forma a constranger e afastar a outras pessoas...

Passei uma vida toda trabalhando muito, para dar uma melhor condição de vida para a “minha” família... Ela sempre reclamando de tudo e, invariavelmente, intercedendo sobre as necessidades materiais dos familiares e, paralelamente, reclamando das nossas conquistas materiais (o carro era ruim, a casa, o fogão, a vida, etc.).

Após a morte do seu Paulo e da D. Joana, as coisas continuaram com o João Carlos e com a Camila e, estes dois, sempre tive de engolir, pois são os reis da usura e da exploração. Dei e ajudei no que não tinha, tirando de nós ou no mínimo das nossas reservas, sem reconhecimento da minha generosidade (ou é obrigação?). Nunca houve uma palavra de carinho, de agradecimento.
E sou tranqüilo, pois nunca deixei, por respeito a ela, de conviver com eles (qualquer outro já tinha quebrado os pratos neste sentido).

Em todos os seus negócios e projetos eu me envolvi por inteiro, dando apoio. Dinheiro, força e envolvimento... Em todos eles, continuou sempre reclamando e insatisfeita. Antes criava negócios para ajudar os outros. Ora a Camila, ora o João Carlos. Ajudei e incentivei para fazer um pós-graduação em Administração Escolar... Nada, continuou insatisfeita. Cursos, qualquer coisa eu lá estava incentivando e ajudando. Atualmente, na loja do shopping, também não está bem... Trabalha demais, acorda cedo, está cansada, uma verdadeira vítima (além disso, trás os problemas que ela mesma cria, Leandro, Maria Anita, Camila, Bernadade, etc.).
Meu Deus... Haja orelha para passar ouvindo uma vida inteira de insatisfações, de infelicidade.

É belicosa, beligerante... Está sempre criando um antagonismo em relação a mim e as pessoas. Neste caso, nunca fala as coisas exatamente como elas são. Sempre tem uma manobra nas narrativas para encaminhar de acordo com os seus interesses. A verdade sempre será a que lhe interessa e não a plena verdade.

Nas nossas últimas discussões ainda fiz um apelo... “Me deixa em paz... Só me dá condição de criar o meu filho em paz...” Só quero produzir e trabalhar (o que fiz a vida toda) para que ele tenha um futuro melhor e com mais condições do que o meu. Preciso ter a cabeça tranqüila para ter saúde... Chega de stress, de ranço, de reclamações e atos de infelicidade...

Disse-me que já pediu desculpas, que não fez por querer... Mas continua fazendo e fazendo.

Passei a vida me esforçando, me superando, ajudando no processo...

Trabalho como um cão desgraçado desde os 13 anos. Esgoto-me, sendo exigido ao extremo para manter a minha carreira e empresa (mais ainda agora que as coisas não estão boas no escritório). Chego em casa, faço comida, limpo a casa, faço faxina, sou sempre prestativo, etc. Não precisava disso (já brigamos quando pedi para que contrate uma faxineira, pois não tem nexo eu trabalhar como trabalho e ainda ficar cuidando da casa que vira uma verdadeira imundície).
Trabalhei o sábado inteiro em casa, sem queixas, como sempre fiz na nossa vida.

Ai vem o domingo e ela vem me falar em namorada... Na sua velha forma prepotente, cheia de soberba, dominadora, se achando...
Tudo porque invadiu a minha privacidade... Pegou meu celular dentro da minha pasta, bisbilhotou... Para sua sorte, achou a mensagem de sei lá quem que dizia “boa tarde amor, estou saindo da Mariana e indo para casa...”.

É absurdo...Este é o trato e a consideração que ela tem por mim. Não é capaz sequer de avaliar que só pode ter sido um engano? Não, tem de haver guerra, tem de ter argumento para baixar o nível (certamente deve estar furiosa, pois não aceitei sua oferta de ir ao jogo do domingo comigo... Nunca fez isso na vida... Nunca me apoiou numa rara coisa que gosto, futebol).
Não tem consideração por mim e pela minha história.
Vem falar em namorada... Isso que a maneira que sempre me tratou e me menosprezou era para eu ter um monte delas...

Pelo contrário, não curto amigos, não vou a festas, não saio para tomar chope, brincar, etc. É só trabalhar. É sempre do trabalho para casa...

Terminou. Tenho 55 anos, depois da minha cirurgia, estou na sobrevida e sempre me incomodando... Estou no ocaso da vida, com uma perspectiva de morrer trabalhando, sem felicidade, me incomodando todos os finais de semana (quando não durante a semana) com a minha infeliz parceira...

Chega, certamente, seremos bem mais felizes separados...
Continuaremos amigos e parceiros, com certeza. Podendo contar comigo para tudo.

Chega... Transbordou.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Não ligo para aniversário

Eu não ligo para aniversário...


É um dia qualquer desta vida.
Amanhecendo, acordei... Abri os olhos... A luz da rua insistia em entrar no quarto. Ouvi a gata ronronando nos pés da cama, parecendo satisfeita com o amanhecer. O silêncio da casa acolhia os cantos de pássaros ao longe.
Uma freada na rua, a sirene de uma ambulância me levou a pensar quem estava sendo levado para o hospital... A beira da morte? Quem sabe, um jovem, ou um velho, uma criança? Sei que a morte não escolhe dia, hora e muito menos tipo de pessoa.
Saí da cama

Sozinho

SOZINHO


Quando estou sozinho,
Num feriado qualquer,
Amanhece o dia e os cantos dos sabiás me lembram você.
Abro a janela e a luz do dia me traz você.
Água fervendo, um chimarrão, a música que toca é de você, só você.
Jornal, notícias, política, me vem você.
No sábado, telefone na caixa postal, meu recado sem graça... Penso que está tudo bem e você feliz.
Domingo, andanças com o filhote, telefone fora de área... Imagino que estás na praia e feliz...
Vem a chuva da noite trazer você,
Mansamente ocupando meus pensamentos...
É só você quando estou sozinho.
Cheiros, sons, imagens me levam a você.
Associações diversas convergem a você...
É tudo você. Você é tudo.
É só você em mim...
Assim não fico sozinho num feriado qualquer...


Vinícius